Dor x movimento

O nosso corpo funciona no conforto.O    movimento precisa ocorrer dentro desse espectro. Ao sentirmos dor o nosso sistema desligará o movimento no segmento afetado e haverão mecanismos compensatórios para que o movimento aconteça em outra região. Um exemplo é o reflexo de retirada que ocorre ao sofrermos um estímulo dolorido no pé. A musculatura extensora do lado atingido é desligada e compensatóriamente aumenta no membro oposto para nos mantermos em ortostase.

      Em uma outra situação oposta se supostamente formos feridos por um agressor, para que possamos fugir o sistema ativa o modo de sobrevivência e a dor é inibida para imprimirmos fuga.

   De uma forma simples podemos dizer que a dor inibe o movimento mas o movimento também inibe a dor. No caso acima a dor é inibida para que possamos nos movimentar.

     Nos casos em que há imobilidade a dor tende a ter um baixo liminar, ou seja um estímulo menor gera potencial elétrico condutor da dor. Os estímulos mecânicos de movimento que são conduzidos por fibras de condução mais rápida chegam até a medula espinhal em uma lâmina conhecida como portão da dor. Nessa condição dor e movimento ocupam o mesmo local de transmissão de estímulo e "disputam" esse espaço. Logo os estímulos mecânicos mais rápidos ao chegar primeiro deixam indisponível o portão para os estímulos dolorosos. Um exemplo prático de quando isso acontece é que esfregamos a pele ao sofrermos um impacto dolorido na região. E isso inibe a dor de maneira mais rápida.

    Importante destacar que há casos em que uma sensibilização a dor pode ocorrer e que determinados movimentos podem exacerbar essa dor ao invés de inibi- lá.

   É preciso uma avaliação dos mecanismos de dor envolvidos e de que tipo de estímulos são melhores para a inibição da dor e consequente retorno do estado fisiológico do corpo que é o conforto.